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Quando surgiram os primeiros sistemas cromatográficos comerciais, estes eram chamados de cromatógrafos líquidos de alta pressão, ou “High Pressure Liquid Chromatography” em inglês. A escolha do nome se justificava porque os líquidos, utilizados como carreadores, apresentam viscosidades muito superiores à viscosidade dos gases e, consequentemente, altas pressões são necessárias para mover o líquido através da coluna quando comparado aos então já difundidos cromatógrafos gasosos. Em pouco tempo, o termo pressão foi substituído por eficiência, com intuito de substituir o termo pejorativo pressão pelo adjetivo eficiência. Este é o termo que até os dias de hoje é utilizado, em português a sigla usada para a técnica é CLAE. No entanto, os dois termos acabaram por serem difundidos e por muito tempo foram utilizados em artigos científicos, levando à comunidade de usuários a algumas discussões sobre o tema. Tais discussões levaram algumas pessoas a formularem outras versões para a o significado da letra "P". Uma delas está relacionada com os preços dos sistemas cromatográficos em fase líquida. Estes eram, e ainda são, muito superiores aos preços dos cromatógrafos em fase gasosa. Assim sendo, era comum usuários referirem-se à sigla em inglês “HPLC” como sendo “High Price Liquid Chromatography”, ou Cromatografia Líquida de Alto Preço em português. Este tipo de comentário era comum especialmente entre os gestores de instituições, que não compreendiam os motivos das diferenças de preços dos sistemas de cromatografia em fase gasosa e líquida.
Mais tarde, com a difusão dos sistemas cromatográficos,
a discussão tomou rumos de anedota, não era incomum ouvir que a palavra correta para a letra “P” da sigla
era “Patience (Paciência)”. O que pode ser explicado pela dificuldade de adaptação dos usuários de cromatógrafos gasosos,
que ao iniciarem com os novos sistemas de CLAE deparavam-se com vazamentos de solventes, bolhas de ar,
e com o fato da fase móvel agora não ser mais inerte, interferindo ativamente na separação das substâncias.
Não bastasse, ainda existia a necessidade de um sistema de bombeamento do solvente através da coluna,
o que não existe em cromatógrafos gasosos pelo fato da fase gasosa apresentar-se pressurizada em cilindros.
A adaptação exigia muita dedicação e, certamente, muita paciência dos usuários. |